Não tive muito contato com a minha avó durante a infância, ela morava em outra cidade e a gente quase não ia visitá-la, e ela também vinha muito pouco. Fiquei adulta e ela ficou doente, precisou vir morar com a gente... Eu estava grávida do meu primeiro filho! Quando a gente vira mãe, se conecta ainda mais com a nossa origem. Aquele momento sob o mesmo teto foi um divisor de águas. Passei a ouvir as histórias da fazenda, do meu avô que morreu antes mesmo de eu nascer, de como era ser professora naquela época. Ali ela, mesmo pouco lúcida, se mostrou mais presente do que nunca. Eu que sempre fui da cozinha, perguntava sobre o que ela comia, como gostava, como eram preparadas as coisas a tantos anos atrás, sem geladeira, sem esses nossos apetrechos modernos. Ela sempre respondia com orgulho que na fazenda apenas o sal era comprado fora! O pé de moleque era o doce mais esperado pelos filhos, o tacho grande derretendo a rapadura, o amendoim torrando no fogão, a colher de pau que não parava de mexer, o tabuleiro sendo cortado e todo mundo em volta. Essa receita é daquelas que vai sendo passada de mãe pra filho, porque cada detalhe importa na hora de fazer algo tão simples. A vovó não viveu em tempo de conhecer o meu pequeno, uma semana antes ela nos deixou, mas são essas memórias afetivas que a mantém por perto. Por aqui não tem pé de moleque sem Dona Maria.
Por Thamires
Em uma panela adicione a rapadura e a água, derreta até que se forme o caramelo;
Fique atento ao ponto do caramelo, você precisa adicionar o amendoim antes do ponto de fio;
Adicione os dois tipos de amendoim;
Coloque em um refratário untado com manteiga;
Deixe esfriar por 2h e corte os pedaços.
Ingredientes
Instruções
Em uma panela adicione a rapadura e a água, derreta até que se forme o caramelo;
Fique atento ao ponto do caramelo, você precisa adicionar o amendoim antes do ponto de fio;
Adicione os dois tipos de amendoim;
Coloque em um refratário untado com manteiga;
Deixe esfriar por 2h e corte os pedaços.